Joaquim Cruz (Taguatinga, 12 de março de 1963) é um ex-meio-fundista brasileiro, campeão olímpico dos 800 metros nas Olimpíadas de Los Angeles de 1984, medalha de prata na mesma prova nas Olimpíadas de Seul de 1988 e por duas vezes campeão pan-americano, em Indianápolis, 1987 e Mar del Plata, 1995.
Começou sua carreira jogando basquete no SESI de Taguatinga aos treze anos de idade, e logo mostrou um grande talento como junior. Aos quinze anos, conseguiu a marca de 1'51" nos 800 metros. Após estabelecer o recorde mundial juvenil de 1'44"3 no Trofeu Brasil de Atletismo no Rio de Janeiro em 1981, ele recebeu uma bolsa de estudos na Universidade de Oregon em 1983, onde correu o famoso corredor Steve Prefontaine. Logo essa mudança mostrou resultados, e Cruz venceu os 800m no campeonato colegial americano NCAA no mesmo ano. Ele também competiu no primeiro Campeonato Mundial de Atletismo em Helsinque, conseguindo a medalha de bronze.
No ano seguinte, os Jogos Olímpicos foram realizados em Los Angeles, e Cruz era considerado um dos favoritos, juntamente com os britânicos Sebastian Coe recordista mundial e o campeão olímpico dos jogos de Moscou 1980, Steve Ovett. Na prova final, Joaquim começou um sprint desde o terceiro lugar e tomou a liderança, vencendo a prova. Ele cruzou a linha de chegada em 1:43.00, novo recorde olímpico, a frente de Sebastian Coe e do marroquino Said Aouita, se tornando o primeiro brasileiro no atletismo a conseguir a medalha de ouro desde Adhemar Ferreira da Silva, medalhista de ouro em 1952 e 1956. Devido a um resfriado, não participou nas semifinais dos 1500 m dois dias depois, prova para a qual também estava inscrito.
Poucas semanas após os Jogos Olímpicos, Joaquim quebrou mais um recorde brasileiro nos 800 m em uma competição em Colônia. Seu tempo de 1:41.77 foi apenas 4/100 de segundo acima do recorde mundial. Até o fim de 2008 ele ainda era o terceiro atleta mais rápido na história do evento. Em 1985 Joaquim confirmou seus excelentes resultados no ano anterior ao correr tempos abaixo de 1:43 na Europa. Neste ano, foi eleito o Desportista do Ano numa votação de jornalistas brasileiros (obteve 98 dos 107 votos totais).
Porém nos dois anos seguintes ele sofreu com lesões.
Nos Jogos Olímpicos de 1988 em Seul, ele liderava a prova dos 800 metros até a curva final, quando foi ultrapassado pelo corredor queniano Paul Ereng, deixando-o com a medalha de prata. Ainda durante os Jogos, causou polêmica ao comentar sobre o físico, e possível doping, da corredora americana Florence Griffith Joyner: "Era muito feminina no início da carreira. Hoje ela parece um homem".
Com problemas no tendão de Aquiles, Joaquim teve dificuldades para conseguir continuar em nível internacional. Não participou dos Jogos Olímpicos de 1992 em Barcelona. Em 1993, tentou sua volta nos 1500 metros em várias corridas de Grand Prix na Europa, mas não obteve o desempenho esperado.
Em 1995 conquistou a medalha de ouro nos 1500 metros nos Jogos Pan-americanos de 1995 em Mar del Plata 1995 e chegou em quinto lugar nesta prova no Campeonato Mundial de Atletismo em Gotemburgo.
Nos Jogos Olímpicos de 1996 em Atlanta foi o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura, em sua última Olimpíada.
Encerrou a carreira no Troféu Brasil de Atletismo em janeiro de 1997 no Rio de Janeiro.
Atualmente é treinador e foi o técnico da equipe de atletismo dos Estados Unidos nos Jogos Parapan-americanos de 2007 no Rio de Janeiro e nos Jogos Paraolímpicos de 2008 em Pequim. Vive em San Diego, Califórnia, com a esposa Mary e os filhos Kevin e Paulo.
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Ídolos do Esporte #6 - Joaquim Cruz
Editado por Dani Souto
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04:29
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