O judô adaptado teve inicio no Brasil na década de 80. A prática do judô acontecia muitas vezes dentro das academias onde às vezes apareciam alunos com deficiência visual e então caberia ao professor adaptar as aulas para que estes alunos participassem das atividades. No entanto não existiam muitas competições específicas para estes alunos.
Atualmente os atletas tem grande incentivo por parte do governo para que ocorra a participação dos mesmos em competições nacionais e internacionais. Uma vez que uma parcela das bolsas é destinada a atletas paralímpicos praticantes de judô, o judô é uma das modalidades organizadas e pela Confederação Brasileira de Esportes para Deficientes (CBDV).
As regras do judô são praticamente as mesmas do judô convencional, apenas com a alteração no inicio da luta, uma vez que no judô paralímpico o combate inicia quando ambos os atletas estiverem segurando no quimono do adversário. A luta também é interrompida quando os atletas perdem o contato. No judô os atletas são classificados em três divisões oftalmológicas, B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem), no entanto as divisões participam juntas das competições.
O judô proporciona uma vasta vivência motora a seus participantes, com a aprendizagem dos golpes e quedas os alunos desenvolvem a lateralidade, noção espaço temporal, bem como a melhoria no deslocamento dentro e fora do tatame. Por outro lado, o professor que irá ministras as aulas para deficientes visuais tem como necessidade a verbalização da aula. Um a vez que a demonstração das técnicas não pode ser utilizada como metodologia de ensino, cabe então ao professor descrever verbalmente como serão os golpes com riqueza de detalhes. Além do enriquecimento por parte dos alunos o professor ganha profissionalmente muito com esta prática.
Atualmente a CBDV organiza o Grand Prix de judô para cegos, evento que ocorre duas vezes ao ano e que tem como objetivo a divulgação do esporte por todo o país. Além dos torneios descritos anteriormente o judô para deficientes visuais foi incluído no maior evento paralímpico brasileiro as "Paralimpíadas Escolares", com participação de alunos com idade entre 12 e 18 anos, e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.
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