Nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 a seleção brasileira masculina de goalball, foi surpreendida pela Finlândia na disputa pelo ouro, perdeu por 8 a 1 e ficou com a medalha de prata no torneio e o pódio inédito.
Muita gente só ficou sabendo da existência do goalball graças a este bom momento da seleção masculina, mas o esporte foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar veteranos da Segunda Guerra Mundial que ficaram cegos.
Ou seja, ao contrário de muitos esportes que tem origem no esporte olímpico e passam por adaptações, o Goalball foi criado exclusivamente para pessoas com deficiência visual – cegas ou com baixa visão.
Quase 30 anos depois de ser criado, o esporte aproveitou a passagem dos Jogos Paralímpicos pelo país no qual foi criado, em 1972, para fazer sua primeira aparição internacional. Na edição seguinte, realizada quatro anos depois em Toronto, no Canadá, entrou oficialmente na disputa, apenas para homens – as mulheres passaram a fazer parte em 1984, quando a competição teve como sedes Nova Iorque e Stoke Mandeville, na Inglaterra.
O Brasil ainda está se desenvolvendo na modalidade. Só veio a participar de uma edição dos jogos paraolímpicos em 2004, com a seleção feminina e, somente 4 anos depois, com a masculina.
O objetivo do goalball é acertar o gol adversário e impedir que acertem o seu. Cada equipe é composta por três atletas, que exercem a função de defensores e arremessadores. Todos utilizam vendas durante as partidas e a bola possui um guizo interno. Só é permitido o arremesso rasteiro.
As quadras têm a mesma dimensão de uma quadra de vôlei, com 9 metros de largura por 18 de comprimento. Os gols ocupam toda a extensão dos lados e têm 1,2 metros de altura. A bola possui guizos em seu interior que emite sons – existem furos que permitem a passagem do som – para que os jogadores saibam sua direção. Os três atletas de cada equipe ficam restritos a uma área de 3 metros à frente da baliza que defendem, de modo que não há qualquer contato entre os oponentes. A duração da partida é de 20 minutos, separada em dois tempos de 10 minutos.
Por se tratar de um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo ou nos intervalos, paradas técnicas e fim do jogo.
Hoje o goalball é praticado em 112 países nos cinco continentes. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Deportos de Devicientes Visuais (CBDV).
Nesta modalidade os atletas deficientes visuais das classes B1, B2 e B3, competem juntos, ou seja, do atleta completamente cego até os que possuem acuidade visual parcial. Aqui também vale a regra de que quanto menor o código de classificação, maior o grau da deficiência. Todas as classificações são realizadas através da mensuração do melhor olho e da possibilidade máxima de correção do problema. Todos os atletas, inclusive das classes B2 e B3 (com visão parcial), utilizam uma venda durante as competições para que todos possam competir em condições de igualdade.
B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção.
B2 – Lutadores que já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus.
B3 – Os lutadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus.
(Fonte: CBDV)
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