Escalada esportiva é uma modalidade que visa as escaladas de extrema dificuldade nas quais o praticante usa apenas as força corporal, sobretudo das mãos e dos pés, para a ascensão. Geralmente ela é realizada sob superfícies de rochas as mais sólidas possíveis, quase sempre verticais ou negativas, onde a parede forma com o chão um ângulo menor que noventa graus.
Neste tipo de prática o importante não é a altura, mas sim a beleza e complexidade dos movimentos corporais que terão de ser realizados para transpor a dificuldade da via (rota ou trajeto por onde o escalador sobe).
As proteções fixas (grampos ou chapeletas), são usadas apenas para a segurança do escalador. Isso significa que em caso de quedas, ficamos pendurados e seguros. Assim sendo, "cair" em escalada esportiva é bastante freqüente e, inclusive, forma parte integrante da modalidade.
Todos caímos quando tentamos vias que estão próximas ao nosso limite. É bastante comum escutarmos perguntas do público leigo do tipo: "Mas tu já caiu alguma vez?". A resposta para esta pergunta é simples: "Claro, caimos todos os finais de semana quando vamos à rocha!". Obviamente estamos nos referindo a cair e ficar pendurados suspensos pela corda, cadeirinha, mosquetões costuras e chapeletas.
Outro detalhe importante é que não usamos este equipamento para subir puxando ou içando por ele, nem pelas cordas nem por "ganchos". Também não usamos "luvinhas" para proteger os dedos como muitos pensam. Usamos carbonato de magnésio para evitar a transpiração das mãos e sapatilhas de solado liso e aderente. Fora isso, nosso corpo é o único instrumento de ascenção, o resto é apenas para ficar pendurados ao cairmos.
Nosso objetivo é subir! A meta do escalador é subir a via de baixo para cima sem cair. Muitas vezes isto requer várias tentativas, meses e até anos, dependendo do grau de dificuldade da via. Para escalar algo que está acima de nosso nível técnico de dificuldade, temos que treinar. Geralmente o fazemos em muros artificiais (paredes com agarras de resina e areia). Esses podem ser caseiros, localizados nos cantos mais apropriados de nossa casa, ou em academias próprias para a escalada em muro artificial.
Outra pergunta quase que cotidiana atualmente é se fazemos rapel. Também é comum perguntarem se além da escalada fazemos rapel ou se o rapel é mais fácil ou mais difícil. Quanto a isso, a resposta também é bem simples. Fazemos rapel para descer de onde subimos.
O rapel é uma conseqüência de subir, de escalar e de ascender. Rapel não é o nosso objetivo. Os escaladores mais experientes sabem que a sensação sublime de escalar uma via no seu limite é absoluta, completamente e qualitativamente superior a de descer de rapel. Para comprovar isso basta perguntar a maioria dos escaladores esportivos de longa data. Não quero de nenhum modo afirmar que sou contra o rapel ou que nossa atividade é superior, estou apenas diferenciando rapel
de escalada e reconhecendo um sentimento que constato na maioria dos companheiros com quem escalo.
Outro mito bastante curioso é o de que a escalada esportiva deve ser uma atividade só para homens. Não! As mulheres que praticam o esporte e pegam o espírito da coisa escalam tão bem quanto muitos homens. Elas são em geral muito mais técnicas, mais flexíveis, usam melhor os pés e o quadril, esbanjando graça e beleza nos movimentos.
Para concluir, gostaria de salientar que escalada esportiva tem relação com a busca de nossos limites físicos e mentais. Estou convicto em afirmar também que, se estivermos atentos à riqueza e amplitude desta atividade, poderemos encontrar uma incrível via de auto-conhecimento, auto-superação, reencontro com a natureza e entendimento do que significa ser livre.
Fonte:
Guilherme Zavaschi
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O que é escalada esportiva?
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